domingo, 12 de maio de 2013

Reviver o passado em... Dubrovnik

A nossa estadia em Orasac (a 12 km de Dubrovnik) passou-se entre a piscina do hotel - especialmente para delícia do Álvaro depois destes longos meses de inverno - e os passeios pela costa e pela cidade de Dubrovnik, uma das pérolas turísticas da Croácia.



Claro que um dos nossos principais objectivos era visitar a cidade velha (em Dubrovnik) o que só conseguimos à segunda tentativa, mas cuja insistência valeu a pena e foi um dos pontos altos das nossas férias. No entanto, o primeiro dia não se perdeu de todo e, para além dos passeios, o almoço nesse dia foi mais uma vez num sítio maravilhoso (o Konoba Kasar na baía de Zaton Veliki) e ficará registado para sempre nas nossas memórias.



À espera do almoço...


Depois de na sexta-feira fazermos a primeira volta pela cidade e da tentativa falhada de encontrar um lugar para estacionar, decidimos regressar no Sábado bem cedo - saída às 7h30 do hotel - para que o desejo pudesse ser concretizado. Chegámos à Old Town ainda sem turistas e com as lojas e restaurantes a prepararem o dia que, como habitualmente, viria a ser muito concorrido.


Porta lateral da cidade velha
Assim até dá gosto passear...
Uma das ruas mais íngremes
Praça principal sem turistas...
Mais uma das ruas (ainda vazia)


Passeámos quase sozinhos pelas maravilhosas ruas empedradas desta característica urbe originária do séc. XII, percorremos um pouco da muralha da cidade - as vertigens do Álvaro não permitiram fazer todo o circuito -, visitámos os mosteiros, o dominicano e o franciscano, e finalizámos a manhã a tomar um café numa das esplanadas da praça central da vila, enquanto turistas oriundos de todo o mundo, literalmente invadiam o espaço. Pelo caminho, ainda nos cruzámos com um casal australiano, que identificou a nossa língua, dado que ela era brasileira e, mais uma vez, lá tivemos o prazer de trocar umas palavras com eles e de sentir o orgulho de pertencer a esses mais de 300 milhões que falam a fantástica língua de Camões. Que experiência!!! Que maravilha de local!!!






Um pormenor da língua local... e o Álvaro a dizer "Ó mãe, aquilo é uma asneira em Português!!!"

O porto de Old Town em Dubrovnik



 O passeio pela muralha e alguns dos fantásticos pormenores da arquitectura local... ficam aqui registados.



A fonte


Ao final da manhã e já com milhares de pessoas a visitarem a velha cidade, fomos passear para outras bandas.

A costa croata é um bom exemplo de gestão turística e urbanística - a maior parte das casas são antigas, reconstruídas de uma forma exemplar. O mar é fantástico - de águas cristalinas e serenas - a ser utilizado por embarcações várias (veleiros, ferry-boats, barcos de cruzeiros, pequenos barcos de pesca, etc.). Percorrer esta costa por via marítima é o próximo desejo a concretizar... talvez indo até Split, cerca de 200 km para Norte. Projecto já em exploração...


Um dos exemplares... barcos de cruzeiros



No Domingo, dia da Mãe em Portugal, para celebrar em grande com um almoço em família (mesmo que reduzida, com muita pena nossa) dirigimo-nos a Cavtat, à procura de um restaurante que o JRT encontrara no TripAdvisor, e que era recomendado como um dos melhores da região - o Bugenvila.

Foi mais uma agradável surpresa - a baía em que o restaurante se situava e o repasto comensal fizeram desta Dia da Mãe, um dia ainda mais especial. Obrigada filho!!! Obrigada, Zé!!!!

No Dia da Mãe... com uma oferta espontânea do Álvaro!!

Depois do almoço uma caminhada à beira-mar fechou a nossa passeata por Cavtat... e lá fomos para mais um fim de tarde e um pôr-do-sol magnífico à beira da piscina, com uma Heineken a acompanhar.
O Álvaro em pose fotográfica

Cavtat...

Uma referência especial a um companheiro nestas férias que ficará nas nossas memórias - o nosso Crni kos (melro, em croata) que todas as manhãs e tardes cantava para nós do alto do cipreste situado em frente à nossa varanda... com uma vista de cortar a respiração... e os bandos de andorinhas...



A costa da Croácia é, sem dúvida, um dos mais bonitos locais que já visitámos por estas bandas. A voltar, sempre...! Recomenda-se!!!

Um passeio pelos balcãs

Depois do teaser publicitário e da fotografia da cidade velha (old town) de Dubrovnik que o Zé publicou,  inicio aqui o nosso relato dos fantásticos dias passados nos balcãs. Fomos até à costa croata - se bem se lembram, já por lá tínhamos andado - mas como foi no penúltimo dia da nossa longa viagem Portugal-Albânia e com um terrível mau-tempo, ficou a promessa de um regresso mais prolongado. E assim foi...

No 1º de Maio, lá pelas 8 e meia da manhã saímos direcção a Norte até à fronteira com o Montenegro. É uma das melhores estradas da Albânia e por isso os cerca de 150 km até Shkodra foram feitos em cerca de duas horas. Cruzar as cidades albanesas é sempre uma aventura, mas graças ao CoPilot Live (o fantástico GPS que o Zé comprou na internet) lá conseguimos contornar um pouco o centro da cidade e seguir em direcção à saída do país. Já conhecíamos uma das fronteiras pelo Norte, da Albânia para o Montenegro, mas como tinha sido um pouco complicado encontrá-la e desta vez queríamos visitar Podgorica (a capital do Montenegro) e o interior do país, lá fomos mais uma vez à descoberta...

Esta fronteira fica junto a um enorme lago existente na parte sul do Montenegro e é a principal entrada de mercadorias por via terrestre na Albânia e por isso quando chegámos depará-mo-nos com filas de camiões estacionados de ambos os lados da fronteira e da estrada a cumprir os necessários controlos alfandegários.

Cumpridas as diligências fronteiriças, lá calcorreámos os cerca de 50 km até Podgorica. É uma cidade bastante pequena, tal como Tirana, em franco crescimento no que à construção de edifícios comerciais e residenciais diz respeito. No Montenegro, embora não seja ainda um país da União Europeia, a moeda local é o EURO. Aspecto curioso destes novos países que saídos da antiga República Jugoslava já estão no caminho da integração numa outra União...  desta vez mais próspera e mais alargada a Ocidente!

Pela hora do almoço, o JRT como habitualmente 'farejou' bem um local para nos deliciarmos com umas  receitas montenegrinas.


A entrada para o local do almoço


O borrego assado lentamente na panela de ferro estava uma verdadeira delícia e os bolinhos à base de  milho que surgiram surpreendentemente no cesto do pão, foram uma das iguarias a não esquecer...








Alguns dos artistas...





A banda sonora deste almoço foi sublime - o coaxar das rãs, o grasnar dos patos e o chilrear dos passarinhos... Alguns dos músicos acompanharam-nos no final da refeição, como não podia deixar de ser..






Continuamos a viagem até à fronteira com a Bósnia Herzegovina por uma estrada que faz parte da rota de vinhos montenegrinos com paisagens lindíssimas.




Mas se a paisagem do Montenegro é efectivamente muito bonita, mais surpreendente foi o que encontrámos na Bósnia. Talvez porque as referências mais recentes que temos da Bósnia é de um país devastado pela guerra e pelos massacres terríveis em Sarajevo, nas nossas cabeças não constava o que acabámos por encontrar. Valeu a pena...
 

Já no final da nossa jornada, lá tivemos a desagradável espera na fronteira entre a Bósnia e a Croácia, demorando mais de duas horas e meia para que cerca de 70 viaturas pudessem cruzar uma simples cancela com dois guardas que separa os dois países, já muito perto de Dubrovnik.



Direita, esquerda ou em frente???

Chegámos ao hotel por volta das sete da tarde depois de um dia de passeio fantástico. E depois de instalados no hotel onde já tínhamos pernoitado na viagem anterior, fomos jantar um belo pregado grelhado num dos restaurantes do hotel.

(To be continued...)