domingo, 26 de agosto de 2012

Mais sobre Agosto... JO, amigos e Elbasan

Poucos dias após a nossa chegada, começaram os JO 2012. Conseguimos ver bastantes transmissões graças às duas 'boxes' da ZON que aqui temos instaladas (isto e o Skype são os nossos principais elos de ligação com a nossa terra). Foram dias cheios de competição, medalhas e belas imagens de um espectáculo sempre a não perder. O Álvaro ficou bastante inspirado pelos JO através do fantástico Michael Phelps e do voador Usain Bolt. Os nossos remadores na canoagem permitiram-lhe também ficar bastante orgulhoso com o nosso país e as nossas medalhas de prata.

Nas primeiras semanas de Agosto tivemos também  dias difíceis, emocionalmente, por um lado a expectativa e preocupação com o estado de saúde do pai da Carmo,  por outro, a partida de três Amigos quase em dias seguidos, primeiro o Jorge poucos dias depois o Hernâni e logo a seguir um amigo dos tempos de Angola (1979/1980), o Lampreia. E mais uma vez a distância, que condiciona uma presença desejada mas difícil de gerir. Até o Álvaro, na inocência dos seus 8 anos, sentindo o quanto nos afectou este período teve esta 'saída'  com a Carmo: 'Deixa lá mãe se Agosto é o mês das mortes, Setembro vai ser o mês dos nascimentos'.

Mas falemos de coisas melhores, na passada segunda-feira (20/8) foi dia feriado aqui na Albânia (Al Barhaim) e decidimos que era a altura ideal para ir explorar um dos vários lagos que aqui existem. Desta vez dedicámo-nos ao Lago Ohrid. Este é um lago partilhado pela Albânia e pela Macedónia e após alguma pesquisa na net escolhemos o lado macedónio, pois tem duas pequenas cidades que são estâncias turísticas mais desenvolvidas do que do lado albanês.

Marcamos alojamento num dos poucos hotéis ainda com vagas (88 hotéis, 95% esgotados) o Villa Mina a 8 km da cidade com o mesmo nome do lago - Orhid (aqui voltaremos no próximo post).

Partimos de casa no sábado de manhã pela estrada de Elbasan cujos primeiros 30 km já conhecíamos, mas os 30 seguintes é que são 'bons'... tal como a Carmo gosta.
Sobe, sobe e continua a subir... com curvas e contra curvas apertadas e imensos artistas como aqueles que também temos aí que pensam que a estrada é só deles e que não podem ver ninguém à frente sem tentar logo ultrapassar.  Assim não é de admirar que para fazer uma etapa de 60 km se demore mais de duas horas.

A paisagem é de cortar a respiração principalmente nos pontos altos onde se conseguem ver várias cadeias de montanhas.

Depois como tudo o que sobe têm de descer, lá demos inicio a uma descida ainda mais íngreme do que a subida, em direcção a uma planície enorme onde se encontra uma das principais cidades albanesas a seguir à capital Tirana - a cidade de Elbasan.

Esta  é uma cidade do interior com restos de uma indústria pesada que existiu em tempos (siderurgias, instalações metalúrgicas...) e que hoje se dedica principalmente à agricultura e ao comércio.


Depois de tirar esta foto, e dado que  se aproximava a hora do almoço propus que o fizéssemos por aqui pois não nos parecia que depois houvesse algum sítio onde  fosse possível almoçar. Aqui surge a habitual dúvida, onde? Será que é bom? Então sugeri à Carmo que telefonasse ao Ylli Chabiri, que é o nosso contacto para resolver todo e qualquer problema que surja na nossa casa e que sabemos ser oriundo de Elbasan. A amabilidade e a simpatia dele e da senhoria têm sido inesgotáveis- são sócios numa empresa de consultoria na área dos recursos humanos e gerem em jeito de 'co-proprietários' o nosso apartamento.

Contato feito, situação explicada, pediu-nos alguns minutos para se informar da abertura ou não do restaurante que queria sugerir. Três minutos depois ligou-nos deu-nos as informações necessárias: disse-nos para irmos até ao centro e pararmos junto à Baskhia de Elbasan (Câmara Municipal)  onde haveria de aparecer alguém para nos levar até ao restaurante.

Assim que parámos, apareceu não o Ylli mas alguém que só podia ser o irmão dele de tão parecido que era.
Num inglês impecável apresentou-se e pediu-nos para seguirmos o carro dele. Cinco minutos depois chegámos à Taverna Antika onde nos deixou entregue à proprietária após nos ter apresentado e tendo dito que era uma boa amiga. O resto já se pode adivinhar...

Restaurante típico Albanês, bem decorado com mesas para cerca de 50 pessoas, sem menu escrito e quando tentámos saber o que comer ou o que nos poderia sugerir, a dona perguntou-nos o que pretendíamos beber? Vinho Albanês, respondemos. Então não se preocupem que a comida já virá. Ainda tentamos explicar o que queríamos para o Álvaro mas foi inútil. Garantimos as batatas fritas e que não viriam nem extremidades nem interiores de nenhum animal.

Foi uma excelente experiência de cozinha tradicional albanesa servida numa lógica de rodízio... o que fez com que ao sexto prato tivéssemos de dizer que ficávamos por ali!! Haveríamos de voltar e aí com amigos ou familiares para que pudéssemos dividir a tarefa comensal!

Continuaremos a descrição da viagem num próximo post.
Não percam, ju lutem (por favor, em albanês)!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Os primeiros dias do Álvaro em Tirana... e as experiências positivas


Depois das peripécias da nossa viagem, relatadas ontem, os primeiros dias do Álvaro por cá foram de descoberta e de admiração. Passeamos pelas ruas do nosso bairro, sempre animadíssimas, com as esplanadas dos cafés cheias de gente, novos e velhos; fomos também a algumas zonas de comércio ambulante aqui perto comprar fruta e legumes, às padarias, etc.. Depois foi o ritual de ir buscar a mãe ao escritório e ir almoçar aos restaurantes onde já somos conhecidos. Aqui os problemas são bastante frequentes pois as batatas fritas são polvilhadas com salsa em pó e o bom do Álvaro lá começa a reclamar, a massa que sempre pedimos só cosida em água e sal, no início também aparecia com decoração, verde ou vermelha ou mesmo com queijo ralado, mais reclamações…

Depois de ver os pequenos minimercados de bairro, começou a pensar que não ia ser fácil a questão da alimentação e aí chegou a altura de o levar ao Carrefour.
"Ó pai, olha bolachas Maria!!! Olha ali, chocolates Kinder!!! Olha, também há galinhas, faz-me uma canjinha para o jantar. Ó pai, isto até parece o Jumbo!"
Acho que foi um dia importante para compreender isto da globalização/distribuição alimentar.
Apesar de tudo e dos bons restaurantes tiraneses continua a preferir comer em casa a comida do pai.

No primeiro fim-de-semana fomos explorar uma dica que tinha sido dada à Carmo sobre um complexo hoteleiro nos arredores de Tirana que teria uma piscina. A informação que tínhamos desde o início da nossa estadia era a de que só havia duas piscinas dignas desse nome: a do hotel Rogner***** e a do hotel Sheraton*****. Já conhecíamos as duas e são realmente boas, mas… em qualquer delas paga-se bem para poder usufruir dum dia de relax e de ida a banhos nesta tórrida cidade em que a média deste mês de Agosto se tem situado nuns agradáveis 37º durante o dia.

Assim, 9h30, calções de banho vestidos, toalhas no carro e lá vamos nós à procura da tal piscina. Uns 5 km depois de sair de Tirana, na estrada para Elbasan, cidade do interior albanês (ver futuros posts), começamos a encontrar outdoors a publicitar vários resorts - o Panto, o Palma Nova, o Mezaluna, o Mai Tai, entre muitos outros

Como a dica era sobre o Palma Nova lá seguimos e a cerca de 20 km lá encontramos o dito.

São 8 apartamentos e 2 suites familiares com esta piscina e respetivo bar. O edifício com telhado vermelho é uma enorme mansão rodeada de jardins com um restaurante enorme, esplanadas e uma outra piscina só para crianças. Um enorme parque de estacionamento anexo, chapéus-de-sol e espreguiçadeiras a 300/500 lek (cerca de 2/ 3 euros, por dia, por adulto, conforme seja dia útil ou fim-de-semana). Foi um bom sábado de descanso e eu e o Álvaro já lá voltamos mais vezes durante a semana.


Mas também já fomos ao Panto Resort que é mais afastado da estrada nacional. Ainda maior, com restaurante, bares, uma piscina olímpica  e outra oval com mais de 100 m. no eixo maior e um escorrega com 4 pistas. Para além disso, tem também 2 courts de ténis, dois campos de volei/basquete e um picadeiro anexo.

Também tem sido um local frequentado nos dias de semana pela dupla Zé e Álvaro Teixeira. Mas já lá levamos a Carmo num sábado, sim porque alguém tem que trabalhar…

Interessante é comparar as nossas experiências bastante positivas com outros relatos blogueiros que por aí andam sobre este país. Cada vez que partimos para uma experiência desconhecida lá vamos nós à procura de outros relatos e quase sempre encontramos compatriotas nossos a evidenciar os aspetos mais negativos. Com este post esperamos contribuir para uma imagem mais positiva da nossa experiência albanesa. Hoje foram as piscinas... 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

E Depois do Adeus… (do 3º)



É verdade, depois do 3º adeus a Lisboa, à família e aos amigos a 19/7, aqui está o relato de alguns dos acontecimentos deste último mês.
A 10 de Julho voámos para Lisboa para, aproveitando alguns dias de férias da Carmo, poder ir buscar o nosso Álvaro. Chegada a tempo de participar no Regional superiormente organizado pelo Joaquim Bação na Charneca da Caparica no Rui dos Leitões. Bom rever tantos amigos agora distantes. Aconteceu também a tradicional sardinhada anual na Água de Todo o Ano e que ótimo foi o convívio com a Talinha, o Manel, a família e alguns dos amigos deles e nossos… pena não termos ainda registos fotográficos deste excelente evento, mas aguardamos o envio de algumas fotos tiradas pelos repórteres oficiais!
Depois planeamos até ao último detalhe o regresso de carro até Tirana: mapas, hotéis, itinerários e restaurantes, entre outras coisas… mas à boa maneira portuguesa na véspera da partida resolvemos alterar tudo!! E, assim, partimos quinta-feira 19 de julho, bem cedo (por volta das 4 da madrugada, mas sem passarinhos a cantar), direitos a Barcelona. Pelo caminho ainda piquenicámos perto de Madrid uns bocadillos e umas patatas fritas. Já nessa altura pensámos nos pastéis de bacalhau…
Chegamos a Barcelona pelas 19h00 e embarcamos no ferry-boat para  Civitavechia (Itália). Foi uma boa noite de sono  e poupamos umas centenas de km de condução. A meio da manhã fizemos uma breve escala na Sardenha e chegamos à tarde a Itália, são 20h de viagem (subaquática, como diz o Álvaro) mas realmente compensa.
 
Ainda nessa noite atravessamos Itália – mais ou menos a meio da bota – pernoitando em Pescara já na costa do Adriático. No sábado 21, depois de aproveitarmos algum tempo livre na piscina do hotel e na visita à costa marítima, subimos até Ferrara onde ficamos numa casa antiga com uma excelente piscina e um ainda melhor restaurante, ótimo fim de tarde e jantar.
No domingo (22/7) começou a verdadeira aventura já com destinos fora da União Europeia. Continuamos viagem para norte, passamos ao lado de Veneza e de Triestre e entrámos na Eslovénia (foram poucos os km por aqui feitos porque o país também se esgota depressa).

Entramos na Croácia já ao cair da tarde e por sorte não fomos mandados prender pela polícia na alfândega já que insistimos em tentar passar a fronteira a uns 40 km/hora… porque a Carmo de relance pareceu-lhe ver uma seta verde e ninguém na cancela… Mas enfim o polícia loiro de olhos azuis, como é apanágio fisiológico por essas bandas, depois de nos ter feito cara feia lá percebeu que não íamos a monte!
A primeira paragem em terras croatas foi Opatija, considerada como a Riviera croata. Uma cidade pequena na encosta de uma montanha que desce até ao mar, muito ao estilo de Monte Carlo, com milhares de turistas e centenas de hotéis (a maioria esgotados!!). As praias são pequenas piscinas nas rochas e foi uma escala só para jantar e dormir. Fica a memória de uma noite com trovoada e ventania num hotel do fim do século XIX por onde veranearam alguns dos imperadores austro-húngaros e seus descendentes…


Segunda-feira começaram os percalços para quem já se habituou a alguns anos a não ter fronteiras entre países e a circular livremente por essa Europa fora. Para ganharmos algum tempo decidimos fazer a primeira etapa na autoestrada até Zadar e à tarde continuar até Split pela costa leste do adriático.
A autoestrada é muito boa, atravessa uma cadeia montanhosa com vários túneis e viadutos, só que alguns km depois do início, a primeira surpresa surgiu: toda a gente parada, fila interminável e nenhuma informação. Foram cerca de 4 horas para fazer menos de 5 km, lá conseguimos sintonizar uma estação de rádio que tinha informações de trânsito em várias línguas e entre o italiano e o inglês percebemos que, devido ao forte vento, alguns viadutos estavam encerrados e o trânsito muito condicionado.
Plano de contingência acionado: resolvemos passar ao lado de Split (evitando o ferry-boat que faria a ligação entre os dois pedaços de costa croata) e seguir diretamente para Dubrovnick. Isso levou-nos a atravessar 15km da Bósnia Herzegovina (a única faixa de costa mediterrânica deste país) e lá tivemos mais 4 horas no sai-entra-sai-entra, volta a sair-entrar-sair-entrar nas fronteiras entre os dois países.
De bom ficam as paisagens da costa e das montanhas croatas… a explorar mais tarde e com mais tempo e quem sabe com um patrão de costa habilitado para fazer a costa por via marítima (será que o Manuel Ribeiro estará disponível para tal?). Menos curvas e melhores banhos certamente à nossa disposição. O barco será por conta da casa!!

Já lusco-fusco e ainda a 30 km de Dubrovnick, sem hotel marcado e todos muito cansados de mais de 10 horas de condução e viagem, começam a surgir os primeiros relâmpagos e a ouvirem-se os primeiros trovões. Estava na hora de tomar uma decisão: encontrar um sítio para dormir!!
E eis que surge uma placa a indicar o Radisson Hotel Dubrovncik *****!! Nem fomos mais longe. Mas, há sempre um mas – não aceitavam 3 pessoas nos quartos, mesmo que o terceiro fosse o nosso Álvaro!! Mais conversa e lá conseguimos descobrir que além do hotel havia disponibilidade para pernoitar no aldeamento do mesmo grupo, ali ao lado, e por aí ficamos! Foi uma agradável surpresa para finalizar o dia: um apartamento excelente, vários restaurantes um deles italiano com pasta para o Álvaro e um cenário de trovoada marítima e chuva no horizonte para completar a paisagem, com 30 graus de temperatura.
Foi, infelizmente, nessa altura que tivemos a notícia sobre o pai da Carmo, mas tínhamos que continuar em frente.
Mesmo assim ainda pudemos aproveitar uma das fantásticas piscinas na manhã seguinte, depois de um pequeno almoço continental à séria!! O Álvaro ficou fã das salsichas com ovos estrelados. Foi um dos pontos altos da viagem, sem dúvida!
Por volta do meio dia e para que não ficássemos com muita pena de sair da piscina, voltou a chuva e a trovoada e lá nos fizemos novamente à estrada. Era o último dia e tínhamos que chegar a Tirana (a preocupação era agora com o que se passava em Portugal). Passámos Dubrovnick (a voltar com certeza para visita mais pormenorizada) e dirigimo-nos ao Montenegro. Mais fronteiras e desta vez com filas muito intensas. 3 horas para sair da Croácia e entrar no Montenegro. Foi um dia muito stressante, com chuva intensa e estradas muito difíceis.
Mas mais difícil ainda e para mais sem GPS foi encontrar ao fim da tarde a fronteira para entrar na Albânia pelo noroeste. Existia no mapa, no Michelin, mas cadê as indicações??? Fez-nos lembrar as fronteiras do Norte de Portugal com Espanha há uns 30 anos atrás, em que quantas mais escondidas melhor.
Muitas curvas, estradas mínimas e algumas matrículas albanesas pelo caminho e lá conseguimos dar com o posto fronteiriço. Mais duas horas e conseguimos entrar na nossa querida Albânia!! Já nos sentíamos em casa!! A Carmo passou para o volante já que tinha sido impossível passar-lhe o testemunho nas estradas montenegrinas, à beira do mar e a muitos metros de altitude (metade do caminho foi feito de olhos fechados ;)).
Os últimos 150 km foram como habitualmente uma aventura da condução por terras albanesas, mas após cerca de 3500km e 6 dias de viagem, felizmente conseguimos chegar ao nosso destino em segurança.
Último desafio: entrar com a Peugeot 807 na garagem do nosso prédio! Entrar, entrou, mas o pior foi tirá-la dois dias depois… 1 cm para cada lado e algumas manobras lá tornaram essa situação ultrapassável, mas o certo é que nunca mais lá estacionou!
O melhor foi mesmo ver o entusiasmo do Álvaro com a sua nova casa! Por agora fica a vontade de regressar a alguns dos sítios fantásticos por onde passámos… e de preferência com a família e os amigos!

(Já agora: escrevemos hoje este post, no dia em que o pai da Carmo já teve alta de Santa Cruz após a cirurgia. Felizmente está a recuperar muito favorável e rapidamente! Durante este período foram muitas as más notícias e agora o desejo é que a normalidade regresse às nossas/vossas vidas!).

Mirupafshim (até breve, em albanês!)

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Distância...


distância
nome feminino
1. espaço existente entre dois pontos, dois lugares ou dois objetos
2. lapso de tempo entre dois momentos; intervalo
3. separação; afastamento
4. desprendimento; desapego

amizade
nome feminino
1. afeição por uma pessoa; estima, simpatia
2. camaradagem, companheirismo, cumplicidade
3. entendimento, compreensão
4. dedicação, bondade
5. pessoa amiga

(in dicionário online Porto Editora)

Hoje acordei com a distância no pensamento.
Este “nome feminino” que me impede fisicamente de estar hoje onde queria.
Mas rapidamente dei por mim a substituir este nome por um outro também feminino. A AMIZADE.
Esta substituição permite-me "estar" hoje em Lisboa e viajar até Águeda acompanhando um AMIGO.

Boa viagem Jorge.


A foto seguinte foi tirada na Arruda pelo Álvaro Teixeira e enviada para publicação pelo Manuel Reis.

Penso ser uma boa homenagem do nosso grupo ao Amigo Jorge.



quarta-feira, 27 de junho de 2012

O Álvaro a selecção e a crise...


Conversa entre o Álvaro e mana Ana no trajecto do colégio para casa dos avós, relatada pela Ana

     Mano: Maaana, sabes que amanhã joga o Portugal!

    Eu: Sim, sei.

    Mano: E se o Portugal ganhar amanhã, depois joga outra vez.

    Eu: Pois é. Acho que é no domingo.

    Mano: E se o Portugal ganhar no domingo, acaba a crise!

    Eu: COMO?! Onde é que foste buscar essa ideia?

    Mano: Então, mana, se eles ganharem recebem um prémio. E acho que não é só a taça… vem um cheque também.

    Eu: Mas o cheque é para eles…

    Mano (enquanto revirava os olhos): Oh mana, mas tu não percebes nada de futebol… não vês que eles são o Portugal? Se o Portugal receber um cheque, sai da crise!

A falta que um pai faz para lhe explicar a crise....


Hoje é o grande dia....

Não só porque é o dia do jogo que nos pode levar à final como também porque finalmente nos vieram colocar o nosso jardim nas varandas...
Eu conto, quando alugamos o apartamento fizemos o que é habitual aqui, pedir à senhoria alguns melhoramentos. Assim logo no primeiro dia apareceram 2 técnicos para instalar a internet e o telefone fixo. Duas horas depois tudo funcionava na perfeição, sim um destes fios é o nosso.

No mesmo dia apareceram cinco técnicos de pintura que num dia pintaram quatro divisões do apartamento. Dois dias depois vieram tirar a máquina de lavar roupa da cozinha para uma das varandas e instalar uma de lavar loiça na cozinha, só técnicos eram seis, dois canalizadores dois carpinteiros um electricista e um empreiteiro especialista em mandar nos outros.
Uma semana depois lá apareceram os fulanos dos móveis que tínhamos desenhado, também quatro que montaram dois móveis na sala de jantar, duas camas no quarto do Álvaro e mais uma mesa de trabalho na sala.
Eficiência e desenrascanço  são apanágio destas gentes... Mas continuava a faltar os vasos e as plantas pedidas e prometidas.

Chegaram hoje mas não resisto a contar-vos. Ao sairmos antes das 9h00 estava a chegar uma camionete com as nossas plantas, e eram oliveiras, laranjeiras, limoeiros, bambus, azevinho, buxos etc. etc.


Os vasos são enormes em cimento, brancos e devem ser pesadíssimos pois são precisos 4 homens para os carregar e como devem ter carregado demais o elevador, este está parado e lá vêm os 4 + 1 vaso até ao 3º andar pelas escadas, bem contados já cá estão 14 e ainda faltam 6... acho que já merecem uma korça cada um.



Mais logo com os jardins concluídos prometo mais fotos.


Bem mas voltemos ao inicio e ao jogo de mais logo, este é o aspecto de uma das esplanadas aqui na nossa rua, como vêem até aqui chega a febre do Euro 2012 e quando passamos ou vamos até lá já somos cumprimentados como os vizinhos portugalisht.
Talvez seja lá que vamos torcer pelos nossos com umas korças pelo meio e sem tremoços nem caracóis.



Ainda o Jardim



Como podem apreciar temos agora as nossas duas varandas bem ornamentadas, a da direita é do lado nascente e vai ser complementada com uma secção de ervas aromáticas e a do lado esquerdo está virada a poente.


   Em baixo só precisamos de mais uns dias e da água tónica...
      o Gordons e o gelo já cá moram




Até logo e abraços

terça-feira, 26 de junho de 2012

O prometido ...

Tal como prometi ontem aqui vão mais alguns detalhes deste mês sem actividade de escriba.

Aniversário do Álvaro:

primeiro a surpresa dele e dos avós quando quase às 22h30 chegamos ao Magoito sem avisar.

Depois foi um fim de semana 100% dedicado ao filhote aniversariante que culminou com um almoço simpático com o tradicional bolo.

E já passaram oito anos...



Almoço no Pardal de Benfica:

Este almoço surgiu por acaso. O Luís Farrobo num comentário sobre o Regional das favas comentou, na véspera da minha ida a Lisboa, que a petinga já começava a estar boa, eu não resisti e respondi-lhe à boa maneira "marca data". Ele que desconhecia a nossa ida, não demorou a responder "quando?" e ficou deveras admirado quando lhe sugeri a terça-feira seguinte.

Foi uma bela "desorganização", sem culpa do Luís, pois apesar das confirmações e das ausências anunciadas acabaram por aparecer 16 mastigantes.
Ainda hoje não tenho a certeza se foi só por causa das petingas...

Apesar de não ter sido referido no post de ontem não posso deixar de referir que antes do almoço no Pardal confraternizamos, ao pequeno almoço, com os atletas da hidrodeep na piscina do EUL.
 
Mais uma bela jornada, obrigado AMIGOS.
Abraços

segunda-feira, 25 de junho de 2012

ZZZZZZZZZZZZZZZZ na Skipirese Republika :-)


Pois é já passou um mês desde a publicação da última mensagem e garanto-vos que não foi um mês a dormir... mas quase.
Agora espicaçado pelo recente comentário do Didi... façamos então um resumo deste período:

25/5 viagem atribulada para Lisboa com bagagem perdida
27/5 aniversário do Álvaro (motivo 1º para a ida)
29/5 sardinhada no Pardal em Benfica com 6 a 8 amigos (apareceram 16)
30/5 viagem atribulada para Tirana (6 da matina no aeroporto de Lisboa para voo cancelado, 7 horas de atraso e mudança de itinerário, chegada à meia-noite).

2/6 passeio às montanhas Djat, viagem de teleférico (Dajti ekspres) subindo 6500 m. em 20 minutos com a Carmo de olhos fechados (ver reportagem a publicar em breve).

3 a 7/6 estágio para o euro 2012
8 a 16/6 dois jogos por dia.... nas esplanadas de Tirana com cervejas
17/ 6 viagem para Belgrado via Roma chegados a horas de ver o Portugal x Holanda numa esplanada com 3 holandeses e vários sérvios a torcer pela Holanda, curiosa a reacção quando gritámos goooolo.
18 a 23/ 6 Vlatibor estância de férias, nas montanhas a 400km a sul de Belgrado, zona muito turística com vários hotéis pequenos e muitas vivendas de férias. A Carmo a fazer formação de formadores de manhã e de tarde e eu de férias, piscina, passeios, esplanadas mais cerveja e mais jogos.
24/6 mais uma voltinha de Belgrado para Tirana via Roma (já não posso ver este aeroporto).

Uma trabalheira como calculam...


Agora já em casa com computador, net e 36º na rua e Korça no frigorífico  vou tentar dar-vos conta com pormenores de alguns destes dias passados (fotos tenho muitas).

Estou também a planear a viagem a Lisboa, 10 a 17/7 e principalmente a de regresso pois essa será de carro e pretendemos explorar  a costa do mar Adriático (Eslovénia Croácia e  Montenegro).

Um abraço

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Urbanismo...

Em dia de partida para Lisboa, uns merecidos dias de férias para matar saudades da família e dos amigos, aqui deixo mais uma mensagem, esta sobre urbanismo:

Já conhecem a loja com árvore na montra?

Não há dúvidas sobre quem é mais antigo, embora pudesse ser o caso de uma planta que foi muito regada e ...



... deu nisto.



E a rotunda, acabadinha de fazer sob um viaduto de uma autoestrada em construção,  que ainda não está completa e já tem árvores plantadas.

Não sei se ao viaduto irá acontecer o mesmo que ao tecto da loja.
Não me admiraria nada que daqui a algum tempo o viaduto tenha alguns buracos para deixar crescer as árvores.

Mas por agora chega pois está quase na hora de ir para o aeroporto. Vamos vêr se conseguimos chegar hoje ou se a greve da NAV nos obriga a dormir em Itália.
Abraços e até logo

domingo, 20 de maio de 2012

Ainda as favas....

Como não foi publicado no blogue impõe-se uma explicação prévia sobre o título desta mensagem.
Alguns dos leitores destas crónicas têm o mau hábito de se reunirem mensalmente num convívio gastronómico
que dá pelo nome de Regional. Este mês a ementa foi sável com açorda de ovas seguido de umas favas guisadas. Ora como este escriba deixou de, fisicamente, poder participar nestes eventos, tem procurado mesmo à distancia de 3000km acompanhar em espírito as várias realizações e, se possível, recriar as mesmas ementas aqui por terras Tiranesas. Foi o que aconteceu na passada 5ª feira com as tais favas guisadas. Após alguma pesquisa e imaginação lá foi possível recriar a mesma ementa do Jugo do Lavrador aqui nestas paragens...



Hoje para o nosso primeiro almoço dominical aqui no substituto do  Miraflores Eleven,  o novel Pjeter 5 e 3/3 aproveitamos o excedente das ditas favas e regalamo-nos com um arroz de favas à moda de Tormes com sonhos de atum no forno.
 Não estariam como as  do Eça mas penso que o Jacinto também não as desdenharia.

“Deste enlevo nos arrancou o Melchior com o doce aviso do “jantarinho de suas incelências”. Era noutra sala, mais nua, mais abandonada: - e aí logo à porta o meu supercivilizado Príncipe estacou, estarrecido pelo desconforto, e escassez e rudeza das coisas. (...)
Jacinto ocupou a sede ancestral – e durante momentos (de esgazeada ansiedade para o caseiro excelente) esfregou energicamente, com a ponta da toalha, o garfo negro, a fosca colher de estanho. Depois, desconfiado, provou o caldo, que era de galinha e rescendia. Provou – e levantou para mim, seu camarada de misérias, uns olhos que brilharam, surpreendidos. Tornou a sorver uma colherada mais cheia, mais considerada. E sorriu, com espanto: - “Está bom!”
Estava precioso: tinha fígado e tinha moela; o seu perfume enternecia; três vezes, fervorosamente, ataquei aquele caldo.
-Também lá volto! – exclamava Jacinto com uma convicção imensa. – É que estou com uma fome... Santo Deus! Há anos que não sinto esta fome.
Foi ele que rapou avaramente a sopeira. E já espreitava a porta, esperando a portadora dos pitéus, a rija moça de peitos trementes, que enfim surgiu, mais esbraseada, abalando o sobrado – e pousou sobre a mesa uma travessa a transbordar de arroz com favas. Que desconsolo! Jacinto, em Paris, sempre abominava favas!... Tentou todavia uma garfada tímida – e de novo aqueles seus olhos, que o pessimismo enevoara, luziram, procurando os meus. Outra larga garfada, concentrada, com uma lentidão de frade que se regala. Depois um brado:
-Óptimo!... Ah, destas favas, sim! Ó que fava! Que delícia! (...)
- Pois é cá a comidinha dos moços da Quinta! E cada pratada, que até suas Incelências se riam... Mas agora, aqui, o Sr. D. Jacinto, também vai engordar e enrijar!”

Eça de Queiroz, in A Cidade e as Serras


Terminámos o repasto com um excelente café Lavazza feito na nossa nova "Nespresso".




Já agora o porquê do nome deste novo local de comidas em Tirana.
É a nossa nova morada;  Rruga Pjeter Bogdani nº 5 - 3º andar, apartamento 3, Tirana
Uma casa ao vosso dispor...
Abraços

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Do Miraflores eleven para o Tirana 21st

Hoje resolvemos comemorar o 1º mês das novas funções da Carmo. Assim resolvemos ir almoçar (há melhor maneira de comemorar?) a um dos bons restaurantes de Tirana.

Chama-se ABA 21st e fica situado no 21º e último andar de uma torre destinada a escritórios e a apartamentos (também conhecida por ABA Center) junto do bairro das embaixadas e perto do novo escritório da Carmo.

A sala que ocupa metade do andar - a outra metade é ocupada por um café/bar - tem uma vista espectacular sobre toda a cidade e arredores, é muito agradável com uma decoração muito sóbria mas de muito bom gosto. Hoje havia, para além do serviço 'à la carte', dois menus de degustação: um de peixe e outro de carne. Cada um degustou o seu, com umas garfadas de 'prova lá este' à mistura.

Só vos posso dizer que foi uma das melhores refeições que já degustei (e a Carmo idem) e penso que tão cedo não esqueceremos esta comemoração. Para vos aguçar o apetite convido-vos a visualizarem aqui as fotos efetuadas.

Tirana tem destas surpresas!!! Bons espaços de lazer e bons chefes de cozinha! Aliás no final do almoço e enquanto tirávamos umas fotos no terraço, conhecemos o chef albanês que ao saber da nossa nacionalidade logo encetou conversas futebolísticas. Ronaldo, Mourinho e Hulk são referências internacionais contemporâneas. E Portugal tem sem dúvida os melhores do mundo neste domínio. Grande orgulho!

E na verdade já passou um mês desde que saímos de Portugal. As saudades são muitas: da família, dos amigos, e em especial... do nosso Álvaro, mas por aqui não se está nada mal...

terça-feira, 15 de maio de 2012

Portugal na Albânia...

               Caras .... e Caros.... já viram os nomes que chamam por aqui  às damas e aos cavalheiros...

Após alguns dias de "perguicite aguda" e de finalizar a instalação na nova residência em terras Albanesas, volto ao nosso blog para vos brindar com mais algumas curiosidades cá da terra.

O título desta mensagem justifica-se pois nas minhas andanças pelas compras descobri que afinal o nosso país já cá estava representado antes da nossa chegada.

Reparem nas coisas que se encontram quando se passeia pelos corredores do supermercado carregados de produtos italianos (maioritariamente), alemães, polacos, húngaros, franceses e albaneses. (Cliquem com o rato nas fotos para aumentar).
Renova
Renova
Renova



Flocos de neve Vieira
Bolachas Vieira
Renova




Escovas  Aquafresh
 Tudo isto só em duas visitas ao Carrefour e ao Mercator.

Estas duas grandes superfícies têm a vantagem sobre o comércio tradicional - que é imenso - de poder escolher o que preciso sem ter que estar a explicar em inglês ou italiano o que procuro. Mas acreditem que é delicioso entrar numa pequena loja e tentar comprar qualquer coisa simples e a/o comerciante encetar uma completa dissertação sobre as propriedades do produto em shqip (língua dos país das águias - shqipirese republika).


O mesmo acontece cá em casa com a nossa THD (Técnica de Higiene Doméstica para quem não sabe o significado da sigla). Para já o nome - Etleva de sua graça - nós para abreviarmos já só lhe chamamos @. Quando ela começa a falar connosco pensa que nós percebemos tudo o que diz. Como é a única língua que fala, nós para nos vingarmos respondemos-lhe em português. Mas é impecável, a casa fica sempre um mimo. E afinal pastrimi é pastrimi (limpeza) em qualquer parte do mundo!

Amanhã volto à carga com mais comentários sobre a nossa estadia por aqui. Um abraço para todos.
Mirupafshim!! (Aproveitem, em albanês!!)

domingo, 29 de abril de 2012

Comidas e compras

A nossa primeira refeição em Tirana foi num restaurante tradicional albanês sem pizzas, pastas ou risotos.

Foi um pouco difícil escolher o que comer pois a ementa e os funcionários só 'parlavam'  a língua local.

Mas uma rápida deslocação ao balcão frigorífico deu para ver uma variedade bastante grande de saladas variadas, pimentos recheados com vários ingredientes, vários tipos de pickles e várias qualidades de carnes.
Porco - costeletas, febras, entremeada, fígado. Vaca - bifes, costeletas. Carneiro costeletas e mão, Vários tipos de salsichas e pernas e peito de frango, tudo pronto para a grelha.



A maioria dos clientes era albanesa mas  todos comiam salsichas e porco...


Esta foi a nossa escolha.

Depois do almoço como bons consumistas lá fomos até ao TEG - Tirana East Gate um shopping tipo Colombo ou Allegro com um enorme Carrefour onde há de tudo como na farmácia e tambem todas as principais marcas usuais neste tipo de complexos

Um admirável mundo novo

É incrível mas já cá estamos há uma semana e isto de blogar nada!
Vou tentar começar a ser mais regular nestes comentários e por isso este vai ser um pouco mais longo para recuperar o ritmo.
Vamos por tópicos:
Trânsito/carros em Tirana
A população local é muito simpática. Quem me conhece, como alguns de vós há mais de 30 anos, sabe que, por norma, sou um tipo simpático e até com alguma popularidade, mas aqui estou melhor do que em casa. Já todos me saúdam quando vou na rua! Até eu fico espantado com a quantidade de pessoas que me fala, me acenam ou até buzinam para me cumprimentar. O que acho estranho é que isto acontece nas situações mais comuns como quando paro o carro quando o semáforo está vermelho, ou mesmo quando paro numa passadeira para deixar passar os peões (até estes ficam admirados!!) e já comecei a ouvir comentários que me parecem ser do género ‘olhem lá vem o nosso amigo Zé de Portugal, acenem-lhe ’, ou talvez ‘É pá, não pares pois sabemos que tens pressa’, coisas simples deste género (embora ainda não domine a língua local).
Agora já percebi porque é que as grandes marcas de automóveis (e não só) são tão ricas e produzem tantos produtos topo de gama: descobriram a Albânia!
Como estou no tópico ligado ao trânsito posso confirmar que nunca vi em nenhuma capital europeia, e conheço bastantes, um parque automóvel tão evoluído. É verdade que há alguns carros comuns como o Opel Corsa que conduzo, ou mesmo um Renault 5 que vi ontem, ou também uns Dacia ou mesmo uns Aveo que por aí andam (principalmente, com os polícias municipais) mas penso que na sua maioria são todos alugados por estrangeiros como nós. Só no bairro mais comercial da cidade (cerca de 2 km2) já vi a circular na mesma altura, mais de 30 Jeep da BMW (X5 ou superior), 15 Mercedes de 350SL para cima, vários Audi, Chevrolet, Porsche, Nissan, etc., etc. No meio destas ‘machinas’ (em Albanês!) que circulam em qualquer faixa, em qualquer sentido (de preferência em contramão!) o que interessa é ver quem chega primeiro ao sinal vermelho para virar à esquerda ou à direita, preferencialmente para onde for proibido, lá circulam uns quantos seres (de ambos os sexos e de todas as idades) de moto, em bicicletas, triciclos de vendedores ambulantes, de patins em linha ou mesmo só a correr. É uma festa. Parece uma espécie de toureio automobilístico. Felizmente eu habituo-me depressa e depois das experiências de condução que já tive em Luanda, Maputo, Brasil, Santiago do Chile ou mesmo na 2ª Circular, isto é canja. A Carmo é que anda um pouco calada e vejo-a muitas vezes a tapar os olhos, principalmente nas rotundas e em alguns cruzamentos, mas penso que deve ser só por não ter trazido óculos escuros.
O que é curioso é que ainda não vi nenhuma loja de automóveis… Há dias perguntei onde poderia comprar um carro e, para não parecer pelintra, falei numa cilindrada jeitosa. O meu interlocutor disse-me que tinha um primo que conhecia um fulano que era amigo de um familiar de alguém que me arranjava o que eu quisesse. Calculo que não vou ter necessidade de trazer o meu Peugeot, até porque ficaria a destoar aqui pois o único carro que já vi com riscos e alguma poeira é precisamente o Opel Corsa 1.3 que a Hertz me alugou. A papelada foi rápida de tratar e eles foram muito eficientes, o que demorou mais foi a vistoria ao carro antes da entrega pois o funcionário teve que assinalar todos os riscos e pequenos toques que o veículo apresentava (parei de contar aos 15) e estava a ver que era necessário uma segunda folha só para assinalar todos os problemas detetados.
(- João, já procurei o teu Strackar mas ainda não o encontrei. Não deve ter vindo para cá!)
As estradas e ruas são muito semelhantes às de Portugal embora ainda não tenha encontrado nenhuma SCUT. Os buracos e a falta de sinalização horizontal são tal e qual as daí (mas aparecem com mais frequência e talvez mais profundidade – os buracos, claro!).

Autoestradas e vias rápidas
Hoje resolvemos ir até à costa e fomos uns 30 km por uma autoestrada razoável embora com alguns peões e ciclistas nas bermas (até vimos várias casas com entrada privativa para a autoestrada – coisa de privilegiados!!). Quando esta acabou passámos para estradas mais parecidas com as da zona centro do nosso país (ouve troços que me fizeram lembrar a zona da Mama Rosa ou Bustos.
Quando íamos ao Rafael ou mesmo em Aguada de Baixo ao Vidal. Depois lá tivemos uns quantos km de verdadeira picada até chegar ao Adriático com uma praia enorme mas bastante suja de detritos marítimos e com uma urbanização de vivendas e prédios baixos, tipo Galé.
Chegados à urbanização e seguindo as indicações da existência de um bom restaurante de peixe fresco, encontrámos no tal condomínio fechado o Restaurante Juvenilja Al Mare onde comemos um delicioso peixe galo no forno à bela maneira mediterrânica. Daremos destaque à gastronomia local e aos restaurantes que já visitámos num próximo post.
Até breve!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Falha grave!!!

Ahhh, é verdade!!!


25 de Abril, sempre!!!!


Boas comemorações e bom feriado.

O pontapé de saída em Tirana

Pois é, cá estamos em Tirana!
E para que os posts não sejam todos sobre mercados e comidas, aqui vão mais algumas dicas sobre outros aspetos da nossa experiência como expat (expatriados, pois então!).
Tirana é uma cidade pequena. Com um número de habitantes semelhante à da cidade do Porto (só cídade não contando com a zona metropolitana) e por isso passado dia e meio já cá andávamos como se tivéssemos aqui nascido.
Os tiraneses (para não lhes chamar tiranos) são totalmente mediterrânicos nos seus costumes e modos de estar. É uma espécie de Itália dos pequeninos, com alguns toques de Médio Oriente e de Europa do Leste, o que resulta numa mistura muito interessante.
O JRT não resistiu e quis alugar um carro que usamos desde o aeroporto apesar de toda a gente nos ter dito que o trânsito era difícil e que a condução era (para não dizer mais) caótica. Mas o Zé habilitado formalmente para a condução em Luanda, já anda aqui como se fosse um albanês de gema :)... embora esteja a tentar fazer com que aprendam algumas regras básicas de condução, tais como parar nas passadeiras, não passar sinais vermelhos e não fazer inversão de marcha com duplo traço contínuo... mas tudo isto são pormenores, claro! (deteiles, como diria o Lauro Dérmio).
Enfim, as coisas são bastante agradáveis. E como este é apenas um pontapé de saída passo a bola ao JRT para que possa continuar a descrever o que já vimos e como vai a nossa vida por cá (porque alguém tem de trabalhar!!!)

Até breve,



Finalmente Tirana...

É no mínimo estranho que num blog sobre Tirana ainda só haja mensagens de Budapeste, mas como tudo na vida, há explicação para isso.

Mas não é ainda este o momento para escrever sobre o tópico principal. Talvez mais logo...





Por agora quero apenas, e simplesmente dizer-vos que, mesmo não sendo feriado aqui, não me esqueço da data de hoje.

SEMPRE